domingo, 29 de dezembro de 2019

OUTSIDER DA GALÁXIA DE PARNASO

Por: Diego El Khouri 


Minha prepotência tem ingredientes  de poesia e empoderamento existencial. Tenho sim uma história  de vida incrível,  inimitável, surreal. Atravessei  portas e fronteiras e incomodei os mais desavisados e caretas com minha postura de vida e ousadia  intelectual.  Mas no mais sou abismo. Invólucro manto de um mistério  que não  se cala, apenas grita  no vácuo sem as grades, sem afago e abraço.  Outsider da galáxia de parnaso. Filho da puta sem ordens e regras.  Face torta no torto âmago  da morte. Penetrar, rasgar, cortar, atravessar  a tela, pincéis  de fogo  e cores quentes múltiplas.  Abismo não  se cala. Ruínas dançam  voluptuosa  no cu das atmosferas  falidas. A vidinha comum  me persegue.  Sigo reto louco nas curvaturas  sinuosas  das estradas  do êxtase.  Sou uma lenda. E lendas não  tem alma. Lendas não  carecem de respeito  e afeto. Lendas apenas vomitam e nada esperam desse vômito sujo e apaixonado. Sou o energúmeno idiota burro ou o gênio iluminado e santo? Apenas ruínas.  Ruínas  cristalinas esfumaçadas, cannabis, "delirium tremens", eletricidade bandida... Sem  presente e futuro: o abismo... grades trancafiadas, bebê  enrolado em pano sujo de sangue, todo bebê  agonizante é minha face nua no espelho, todo bebê é a infância  da poesia ainda  idílica  e ingênua... a poesia, essa merda translúcida e lúdica,  criminosa, "acendeu velas no meu crânio". A poesia me fez inimigo do estado, execrado das famílias tradicionais e um "perdulário  do caos esbanjador de palavras  preciosas". A poesia me fez querer  beber o líquido  do Dharma. Sim. Sou uma lenda. E lendas não  carecem  de mais nada.

DIEGO EL KHOURI E O LABIRÍNTICO OFÍCIO DAS ARTES

Por: Diego El Khouri 



Desde muito cedo percebi que meu caminho é o labiríntico  ofício  das artes. Meu primeiro romance escrevi aos 8 anos de idade e nunca  mais parei. Tudo que fiz foi para eu tivesse  mais ferramentas de produção.  Li vorazmente tudo que me chegava  pelas mãos (tive a sorte de possuir uma biblioteca  em casa) e aos 14 anos, depois de ter lido tudo que tinha em meu lar, passei a pegar livros na biblioteca da cidade e copiar à mão para que eu tivesse a possibilidade  de estudar, estudar  e estudar cada detalhe afim de desenvolver e aprimorar as ferramentas  de criação. Nessa fase eu já lia literatura  hermética  e mergulhava  profundamente  nos clássicos.  Fazia listas de livros e  ia atrás das  obras.  Isso antes do advento da  internet (pelo menos para mim). Mas não  fiquei apenas no campo  da  busca do aprimoramento intelectual.  Também  caí  na vida. Aquela máxima piviana, "o poeta tem que cair na vida / deixar de ser broxa / pra ser bruxo". Costumo  dizer  que Baudelaire acendeu meu primeiro  baseado. Passei pelo estilo punk "do it yourself" e pelas transgressões existenciais. Mergulho,  portanto,  em um paradoxo entre disciplina e loucura, lucidez e delírio. Emergi do seio  das artes e fiz da minha vida uma jornada inimitável.  Transformei as flores silvestres em "clísteres de êxtase " e meu olhar em torrentes intensas de poesia e vertigem. E vivi (e vivo) uma existência  com características surreais. Minha arte me possibilitou  conhecer pessoas interessantes e experimentar situações que uma pessoa dita "normal" jamais viveria. Um dos grandes males do sistema é indução  de sentimentos de superioridade  e inferioridade. Devemos cortar esses tentáculos de manipulação. Porém,  tenho convicção que sou  uma lenda do underground.  Atravesso e implodo as estruturas. Não  sou um artista  relegado apenas  aos subsolos.  Transito  em várias  paragens e contribui,  de forma  muito  intensa,  com  as artes do  país.  Se você,  tiozinho  e tiazinha, senhorsinho e senhorinha  da academia,  críticos  de arte, curadores com suas barbas espessas e olhar apático,  galeristas com seus castelos  de marfim, não conhecem  meu trabalho  (e nem estou falando  em gostar ou não), é porque não  mais transitam com os pés  no chão  da contemporaneidade (ironia  isso em se tratando em "espaços  de conhecimento") e se perderam  na rota da vida. O poeta Rimbaud já dizia  que  "é  preciso ser absolutamente  moderno" . Acredito  que ser vanguarda é estar  junto ou a frente dos fatos. Tenho plena consciência  que minha história  de vida tem traços  marcantes  de surrealismo  devido as situações fantásticas que desenhei ao longo  de minha existência.  Muitas pessoas se surpreendem, quando  conhecem  ou presenciam algum fato  da minha vida, e sei que tenho um impulso  forte do diferente, do estranho,   o "olhar não  familiar " que Freud falava. Sei também que tudo que fiz na vida, desde os 6 anos de idade, foi, e repito, para que eu tivesse ferramentas que me tornasse um artista profundo,  complexo,  potente.  É uma busca eterna e o grande barato  é curtir  a estrada e não  simplesmente "o fim" dela.




* Na foto com 7 anos de idade  

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

SÉCULO SINISTRO


Título: Século Sinistro
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 60 x 51 cm
Artista: Diego El Khouri

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

SÉCULO SINISTRO



Título: Século Sinistro 
Técnica: Óleo sobre tela 
Dimensões: 38 x 37 cm
Artista: Diego El Khouri

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O REENCONTRO COM O GRANDE ARTISTA CÉSAR RODRIGUES

Por: Diego El Khouri

Dentro da minha jornada nas artes visuais o artista professor César Rodrigues tem uma importância tremenda na construção da minha identidade artística. Aquele tipo raro de professor que consegue arrancar de nós mesmos aquilo que está escondido no mais íntimo de nosso ser. As reflexões que ele propõe por meio das cores, da semiótica e da morfologia da imagem sempre se mostram fora das caixas convencionais e cada conversa com o Cesar é um novo universo que se apresenta. Lembro quando eu o conheci (por volta de 2008 /2009) no Cep em Artes Basileu França (na época eu estudava nessa instituição o curso técnico em Artes Visuais) logo percebi o quanto sua abordagem artística pedagógica é diferente. Ainda vou escrever alguns relatos com mais detalhes sobre esse período. Vale a pena levar a luz tais aprendizados e momentos. Dia 23 de Novembro desse ano de 2019 o encontrei novamente. Soube que os professores do Centro Livre de Artes (nova escola de artes na qual ele leciona) iam expor seus trabalhos na galeria 588 Art Show (local que eu já expus algumas vezes). No mesmo dia eu ia participar de um sarau, na qual fui incumbido de organizar, na Habite Coletivo no Jardim América em Goiânia (GO), local que também estou expondo meus quadros ao lado da Jéssica Motta. Eu e outro poeta e artista visual (o Rupestre Santos) passamos na exposição antes do sarau. Conversamos com o César que lembrou um fato interessante (e que também um dia pretendo escrever sobre esse acontecimento de forma mais detalhada): enquanto no Basileu França desenvolvíamos atividades específicas (importantes no meu processo pictórico) em casa eu desenvolvia um trabalho totalmente diferente. No final do curso no Basileu os alunos foram convidamos a expor seus trabalhos no prédio do mesmo. O professor me pediu pra levar o que eu andava criando em casa. Levei uma obra pintada com meu próprio sangue e a moldura com pedaços rasgados da bíblia (creio que o amigo Ivan Silva tenha fotos dessa obra que se perdeu no tempo). Tenho muito ainda pra falar sobre essa pintura e o desenrolar de todo esse acontecimento (e como se perdeu por aí pretendo reproduzir em algum momento essa arte desaparecida). A obra do Cesar também merece um capítulo à parte. Discutimos muito sobre todas essas questões. Por hora precisava registrar esse momento importante.





Título: Universo Particular
Técnica: Acrílico sobre tela
Dimensões: 100 x 100 cm
Artista: César Rodrigues

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

SÉCULO SINISTRO



Título: Século Sinistro
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 48 x 38 cm
Artista: Diego El Khouri

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

DILACERAMENTOS



Título: Dilaceramentos
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 40 x 30 cm
Artista: Diego El Khouri



Título: Dilaceramentos
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri


Título: Dilaceramentos
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri


Título: Dilaceramentos
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

terça-feira, 5 de novembro de 2019

ZHOLOGRAMA



Título: Zholograma
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 44 x 36 mm
Artista: Diego El Khouri

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

NAM MYOHO RENGE KYO



Por: Diego El Khouri

O budismo entrou na minha vida e nada é por acaso. Existe a lei da atração. A imagem do Buda sempre fez parte do meu imaginário desde criança. Anos mais arte, mais precisamente no ano de 2009, estudante do curso de Filosofia da Nova Acrópole em Goiânia, tive mais contato com a história do Sidartha Gautama e a ideia do equilíbrio me impressionou muito. Sempre fui um poeta explosivo e uma pessoa impulsiva. Tatuei na pele o Buda e busquei, com tropeços no caminho, o equilíbrio que me faltava (ainda estou à procura). Em 2012 me mudei para o Rio de Janeiro, a convite do poeta cancioneiro budista Edu Planchêz  . Foi uma viagem convulsiva e cheguei no Rio cheio de problemas psíquicos e de saúde (só essa jornada daria um texto surreal e que pretendo, um dia, escrever sobre). Morei em um ap no bairro de Jacarepaguá e participei ativamente da cena artística do Rio. No mesmo apê morava o ator e clown Nélio Fernando, um paulista muito talentoso , o baiano de Feira de Santana Carls, estudante de cinema da UFRJ e a atriz carioca Gisela Macedo (também budista). Edu e Gisela me apresentaram o budismo de Nitiren Daishonin, que dentro das linhas budistas, foi um grande revolucionário. Foi perseguido, exilado por defender um budismo para todos e que qualquer pessoa poderia chegar à iluminação, tanto os plebeus e as mulheres (algo inaceitável para a época). Fui em reunião budista, mas insubmisso e desconfiado, não aprofundei na época. Em 2016, já de volta à Goiânia, de forma não muito consciente, comecei a praticar o Daimoku (mantra dessa linha budista) e comecei a pintar os quadros mais transcendentais de minha vida. Havia de forma implícita toda a carga de uma existência vivida nessas obras. O "budismo de mochila" dos beatniks (principalmente de Jack Kerouac e Allen Ginsberg) se mesclavam com as ideias de Nitiren e a busca pelo Sutra de Lótus. Essas obras expus em 3 lugares em Goiânia ( Galeria e Cultura e Cidadania do Procon, na 588 Art Show e também na Vila Cultural Cora Coralina) com o título "Estudos sobre o Tempo". A ideia da não linearidade do tempo trabalhadas pelo Proust e Bergson, foram fontes de pesquisa desse trabalho. Passei uma fase de aprendizado, conquistas e minha arte dialogando em vários lugares do Brasil e no exterior, com exposições elogiadas e criando diálogos interessantes com o público e obra. Precisava achar um local que pudesse estudar e praticar de forma mais sistemática o budismo. Com duas exposições em cartaz, e com uma vida intensa nas artes, entro na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás. Nesse espaço conheci uma moça, estudante do mesmo curso, e que descobri depois, que acompanhava o meu trabalho nas redes sociais. O nome dela é Nathália Eloá, uma moça talentosa e que nasceu praticamente dentro do budismo de Nitiren. Ela inclusive junto com a Emily fizeram um trabalho sobre minha arte para uma disciplina da Faculdade (esse material se encontra no youtube e no blog aqui). Me apresentou o local e recebi o Gohonzon para a prática do Daimoku (esse texto é apenas um relato sobre minha relação com essa filosofia). Algumas tempestades aconteceram no percurso e sempre algo me impedia de consagrar o Gohonzon. A vida profissional e pessoal entraram em colapso, o fascismo mostrou novamente sua face no Brasil (e no mundo) e me deixei abalar por essas tormentas. Hoje, enfim, dia 28 de Outubro de 2019, consagro o Gohonzon e uma nova etapa da minha existência se inicia. Agradeço aos deuses pelo momento inesquecível. Nam myoho renge kyo

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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

ALINE

Título: Aline
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

CLÉCIA SANT'ANA


Título: Clécia Sant'Ana
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

AFRIKA BILLY



Título: Afrika Billy 
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 41 x 32 cm
Artista: Diego El Khouri

SÉCULO SINISTRO



Título: Século Sinistro 
Técnica: Óleo  sobre tela
Dimensões: 50 x 64 cm
Artista: Diego El Khouri

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

SÉCULO SINISTRO


Título: Século Sinistro 
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões:  15 x 19 cm
Artista: Diego El Khouri

SÉCULO SINISTRO


Título: Século Sinistro 
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões:  60 x 80 cm
Artista: Diego El Khouri

SÉCULO SINISTRO



Título: Século Sinistro 
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões:  50 x 65 cm
Artista: Diego El Khouri

SÉCULO SINISTRO


Título: Século Sinistro 
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões:  60 x 80 cm
Artista: Diego El Khouri

SÉCULO SINISTRO



Título: Século Sinistro 
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões:  60 x 80 cm
Artista: Diego El Khouri

SÉCULO SINISTRO



Título: Século Sinistro 
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões:  60 x 80 cm
Artista: Diego El Khouri

SÉCULO SINISTRO


Título: Século  Sinistro 
Técnica: Óleo sobre tela 
Dimensões: 40 x 30 cm
Artista: Diego El Khouri

SÉCULO SINISTRO


  1. Título: Século  Sinistro 
  2. Técnica: Óleo  sobre tela 
  3. Dimensões: 40 x 80 cm
  4. Artista: Diego El Khouri

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

MALCOLM X


Título: Malcolm X
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

MARTIN LUTHER KING


Título: Martin Luther King
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

ROSA PARKS



Título: Rosa Parks
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

MARIELLE FRANCO


Título: Marielle Franco
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

JULIANA JARDEL




Título: Juliana Jardel

Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri


terça-feira, 10 de setembro de 2019

A LUZ DE BUDA (NAM MYOHO RENGE KYO)



Título: A luz de Buda (Nam Myoho Renge Kyo)
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 60 x 50 cm
Artista: Diego El Khouri

sábado, 7 de setembro de 2019

ROGÉRIO SKYLAB




Título: Rogério Skylab
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

KARL






Título: Karl
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 297 x 210 mm
Artista: Diego El Khouri

A MOÇA DOS DREAD


 

Título: A moça dos dread
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

PORNOESIA



 

Título: Pornoesia
Técnica: Mista sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri


FOGO




Título: Fogo
Técnica: óleo s/ papel
Dimensões:420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri