segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Artistas do infinito dialogando através de versos carregados de intensidade e hemoglobina

Por: Diego El Khouri


Eu escrevi o texto Tesão simplesmente tesão por volta do ano de 2005. Eu tinha 19 anos de idade na época. Foi o texto que de minha autoria e que mais repercutiu nas diversas mídias: sites, blogs, revistas, jornais, livros e zines. Recebi também muito feedback através de mensagens  ao longo do tempo. 


Há poucos dias tive a grata surpresa (e imensa alegria) da  múltipla artista (escritora, agitadora cultural, DJ, etc.) Aline Pedrosa de Lima, também conhecida como Poetisa Punk, de Niterói (RJ), escrever um poema inspirado nesse meu texto que mencionei acima. É essas coisas que para mim são jatos de ânimo para continuar no labiríntico caminho das artes. Fiquei realmente em êxtase com a verve poética da Aline e também a forma como minha arte inspirou dessa maneira uma artista tão admirável. 


Gratidão, baby!


querida ativista das artes!



Abaixo meu texto seguido do poema dessa guerreira underground:


TESÃO, SIMPLESMENTE TESÃO...


(Por Diego El Khouri)


Primeiro é o beijo. A língua enrolada na outra. Depois as mãos unidas acariciando seios, lambuzando corpos, descortinando sexos.
Em seguida é a nuca seca pronta pra mordida e a mordida desenhando marcas bem no pescoço, próximo da face.

Depois é um tapa, um após o outro. A contração dos músculos; em posição a libido. O fogo e a brasa. O delírio e o orgasmo.
A música sendo ditada pelo ritmo dos corpos na cama, os gemidos - as trocas de carinho,
a eterna sinfonia dos amantes.
O vem e vai de almas e corpos desprendendo do âmago (numa violência quase suicida) um líquido que vomita agonia.
Olhos e quadris, prontos para o desejo.
Beijo e carinho: o sereno... estrelas, a noite, o luar, o brilho da manhã,
o desejo e o orgasmo.
Eu e você. Você e eu. Eu e você. Entrelaçados para sempre. Para sempre unidos. Para sempre sozinhos... para sempre...
Para sempre com você... eternamente só...
(...)





A poetisa punk  Aline de Pedrosa Lima recitou esse poema no sarau Literatura na Varanda em Niterói (RJ)

                               Ver aqui nesse link:









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